Impostos Repostos (Palestrante Sérgio Dal Sasso)
A morte de Tiradentes, pelo menos valeu um feriado. Imagine você se toda insatisfação, provoca-se uma insurreição nacional, acho que em pouco tendo não teríamos mais que trabalhar e assim sobraria para aproveitar o sol reinante o ano todo neste litoral do sul ao norte e ao som da musicalidade regional.
Liberdade, independência e prosperidade era o grito da insatisfação coletiva frente aos abusos da coroa, para onde fluíam um quinto de tudo que se produzia.
As revoltas nunca foram pelo quanto se cobrava, mas pelo entendimento e aceitação das cobranças. Mas isso é coisa do passado, de lá para cá tudo ficou diferente e agora somos “complexissados globais”, pois não brigamos mais por um quinto, mas por dois quintos representados por uma sacola de 74 tributos e taxas. Nada mal para o seu estado de satisfação principalmente quando da constatação do uso do que pagamos. O dia 21 de abril representa o inicio das nossas insatisfações e o ultimo dia do útil do mesmo mês o da consumação popular de que continuamos sendo explorados com valores além do possível. A felicidade fica estampada quando sentimos que o esforço como contribuinte, muitas vezes feito com o sacrifício da limitação a uma vida típica de sobrevivente é destinado para cobertura e vantagens daqueles que deviam nos representar.
Nada contra o estado, nada contra governos ou partidos, mas apenas gostaria de ver um pouco mais de empenho no uso daquilo que é considerado como obrigação do cidadão. Gosto do Severino, pela não demagogia quanto as suas intenções “mamatórias”, esse pelo menos fala o que pensa e assim deixa claro quais seriam seus projetos, facilitando a sua decisão quanto a reelegê-lo.
A situação atual é delicada, pois não somos crescidos e tão pouco independentes, mas nossos gastos públicos representam uma nação coroada de êxitos e de performances, enquanto a realidade demonstra que ainda continuamos a trocar ouro por migalhas, como se tudo estivesse resolvido e sua parte sacrifício fosse recompensada de respostas qualificadas às questões da infra-estrutura, educação, saúde, segurança, entre tantas outras.
Estamos dentro de um Pais com potencial riqueza e oportunidades em todos os seus cantos. Talvez nossos netos repitam essa mesma frase, pois sabidamente uma economia bem sucedida deve ser espartana e com foco nas estratégias e realizações de soluções, tendo que pensar menos nas causas próprias e mergulhar no sonho da exploração, não das pessoas, mas das equações mínimas que permitam a evolução da nossa espécie, dignificando nossa curta passagem por essa vida.
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