No divã do conhecimento (Palestrante Sérgio Dal Sasso)
Como aprendiz, sou viciado em pesquisar fatos, ampliar o raciocínio com diversas opiniões sobre eles, procurando formar um entendimento que possa qualificar o processamento da minha visão sobre os temas que tenho interesse. Também como observador acho desprezível ver tanta gente perdendo tempo em escrever ou falar, sem o mínimo ofertar da sua versão, quase sempre priorizando como pesquisa de tema a palavra “copiar”, e às vezes até com vírgulas, o pensamento integral de terceiros para garantir o seu espaço no palco das atenções.
Quando entramos no novo milênio a única definição que se ouvia para representar e caracterizar esse novo período da humanidade, era relacionada com a frase “A era do Conhecimento”, e por mais repetitivo que ainda seja esse conceito, hoje como observador vejo com lamentáveis exceções que mudamos muito de fantasia, mas não de corpo e assim a inovação esbarra pela ausência de gente criativa na arte objetiva das novidades.
É medíocre ver tanta coisa sendo produzida nos meios do conhecimento e tão poucas de uso real ou de utilidade extensiva acima do tempo obrigatório que dedicamos (pela curiosidade) à leitura ou a ouvir os que falam e nada acrescentam. No mundo moderno o que tem valor está acima do ser agradável, do fortalecer o que já gostamos, pois o que pode melhorar às vezes também é meio indigesto, e não tão seqüenciais a nossa forma de pensar e paradigmas enraizados.
Evoluir é difícil, pois além do incorporar ao que já temos, depende também do abandonar muitas coisas para conseguir continuar. Por isso, é sempre bom selecionar com qualidade nossos pequenos espaços disponíveis incluindo reflexões sobre o que identificamos como novas propostas, idéias ousadas, temas que nos convidam a se mexer, que auxiliem na superação das nossas próprias limitações pelo reconhecimento de ausências e humildade para mudar.
O escrever, assim como o se expor, deve ir além das transcrições, das frases feitas. Deve estar certificado com os históricos e as experiências que ofertem pré-requisitos de credibilidade dos autores, acrescentando sempre um adicional convite para abrir espaços, diálogos, provocar novas reflexões, e propor melhorias.
Assim deve ser um bom artigo, uma boa apresentação, recheados de autoconfiança do idealizador, abrindo novidades com espaços para formular os naturais questionamentos, mostrando que os conhecimentos e seguranças vão muito além das paginas feitas, dos “PPT´s” ou apresentações com tempo certo.
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Sérgio Dal Sasso, consultor empresarial, palestrante Administração, Empreendedorismo e Educação Profissional
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