Recursos Humanos (Palestrante Sérgio Dal sasso)
Por conta do excesso de oferta, sua empresa corre o risco de se transformar em um grande labirinto repleto de salas de aulas conectadas com coisas do além da sua própria imaginação.
Falta objetividade na construção de um movimento equilibrado entre tecnologia e pessoas. Alguns acreditam que o mundo ficará resumido a uma tela de computador, que os negócios estarão pelo caminho do imediatismo proporcionado tão somente pela sofisticação da comunicação em grande escala, aliados a meios expositores de imagens dirigidas à massa consumidora.
Outros no contra fluxo da evolução procuram por nichos saudosistas valorizando uma aparência artesanal e assim colocando tempero para “cutucar” seus interesses mercadológicos.
Se a tecnologia e os processos se sofisticam, na contra mão dos avanços vem à escassez no preparo adequado, quando o tema é a evolução do equilíbrio humano necessário para dar conta do recado diante da variabilidade de fatores para o êxito das marcas, dos produtos, dos serviços. A coisa toda é dúbia, pois o conhecimento pede por habilidade única no uso da maquina, exigindo ao mesmo tempo uma profundidade diferenciada e intima na direção adequada das ações, evidenciando um contato próximo aos valores do mercado e as tendências de consumo.
Em adição a potencialidade exigível do profissional, soma-se a obrigatoriedade de se produzir competência dentro de uma ponte que divide os bairros da sabedoria e dos resultados, tornando indispensável para a garantia dessa travessia uma forte aptidão com as técnicas da negociação e exposição, fundamentais na formação da habilidade frente aos processos de troca, internos e externos, justificando assim inclusões, aceitações e credibilidade para o êxito pretendido.
Andamos atrás dos processos, às vezes usando pessoas numa versão ultradescartável, exigindo um tempo "24 por 7", conectado por mar, terra e ar.
São os sinônimos dos ventos da produtividade e competitividade, que inclui os contatos da madrugada, as urgências dos fins de semana, e uma seleção de imposições que tornam escassos os momentos de recuperação física e mental. Você nunca mais poderá ficar sem celular, já que o relógio se encontra dentro dele!
Os sistemas poderiam ser diferentes, mas somos peças de um jogo de gente grande, que também são obrigadas a empurrar e a convencer que até o supérfluo pode ser algo indispensável.
Lamento muito o fato de que o perfil desejável inclui o incansável, pois essa é uma das variáveis de busca pela superação. Lamento também, que o tempo não permita paradas, pois o mundo foi desenhado em forma de pirâmide, de probabilidades “democráticas” para se atingir o topo. Gostaria da existência de um sofá para uma acomodação temporária, um tempo que permitisse reflexão do “o que e porque” para que pudéssemos entender sobre as importâncias das conquistas e suas relações positivas para o enriquecimento da própria condição de vida.
Mas ainda existem as sextas feiras, e mesmo que normalmente tenham um sentido de “Ufa... conseguimos sobreviver por mais uma semana!”, já somam. Quem sabe alguém não consegue criar algo melhor para a quarta, pois a vida é o que deve ser valorizada pelos meios por onde passamos.
Sérgio Dal Sasso
www.sergiodalsasso.com.br
falecom@sergiodalsasso.com.br
Sérgio Dal Sasso, palestrante em Administração, Empreendedorismo, Vendas e Educação Profissional, www.sergiodalsasso.com.br falecom@sergiodalsasso.com.br)
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